Corpo do conto
-Alô?
-Boa tarde, é a Maya quem fala?
-Ela mesma
-Olha, tô ligando por que vi o anúncio no seu site e fiquei interessada… me diz uma coisa… você REALMENTE gosta de estar com mulheres?
Ela ri, uma risada gostosa. Parecia uma risada sincera. Isso ajudou muito a quebrar o gelo. Ao menos, não parecia ser ranzinza ou fechadona. Que alívio…
-Amiga, vou te dizer – ela continuou enquanto terminava as risadas – acho super normal você ter dúvidas sobre isso, porque tem muita garota por aí que bota “atendo mulheres” no site mas na real só quer dinheiro fácil.
-Humm, é isso mesmo…
-Então, só te digo o seguinte: atendo homens e mulheres com a mesma vontade. Mas os meus melhores programas são com mulheres
-Ah, certo…
-Não acredita? – a voz dela assumiu um leve tom de desafio – Então tá ok: se vier me ver e não gostar de algo, me achar fria, sei lá, qualquer coisa, te cobro só metade do cachê
-Tá falando sério?
-Seríssima. Mas só vale se vier até amanhã.
Gelei… como assim, até amanhã? Ela queria mesmo que eu fosse lá? Claro, né, imbecil? É o trabalho dela, ela vive disso… Eu seria uma cliente a mais, oras…
Subitamente, sem pensar muito, disparei.
-Amanhã, às 9 da noite. Pode ser?
Ela disse que sim, acertamos os detalhes, e desliguei.
O cachê combinado era de R$300,00, por 1 hora (que, segundo ela, não eram cronometradas, ou seja, sempre passava um pouco). Ela atendia num flat na região da Paulista, e ficou de me passar o endereço exato no dia seguinte (eu fiquei de ligar 1 hora antes do atendimento).
Agora, acho melhor explicar como cheguei até aqui, não é mesmo?
Quem leu meu último conto sabe que descobri uma fantasia com mulheres. Sabe que me peguei pensando nisso diversas vezes. E também sabe que as garotas de programa (GPs, como descobri depois) são as garotas que mais me atraem… Pois é… o problema das fantasias é que elas são como um copo vazio: você pode pingar algumas gotas no copo por muito tempo, mas, cedo ou tarde, ele transborda.
E foi exatamente o que me ocorreu: meu copo de fantasias sexuais já estava transbordado de tanto que em imaginei e me masturbei pensando em como seria estar com uma mulher.
Comecei, então, a fuçar a internet de cabo a rabo, procurando anúncios de garotas de programa. Eu não tinha um perfil em mente, por isso achei que a busca seria fácil. Que engano… Até encontrar Maya, liguei pra 6 garotas. Todas me desagradaram de alguma forma. Ou foram grossas no telefone, ou não me passaram confiança sobre realmente gostar de mulher, ou, ainda, cobraram um valor absurdo.
(Só como exemplo, encontrei num fórum o contato de uma garota que atua como dançarina num famoso programa de TV. Ela fez questão de se certificar que eu sabia disso antes de me falar o preço, e também me “lembrou” que já fez ensaios pra revista Sexy. A diva queria R$ 5000,00… sim, CINCO MIL REAIS. Agradeci e desliguei na hora)
Quando estava meio desanimada, voltei a um site de anúncios que já havia visto uns dias antes, e a Maya aparecia como “novidade”. Certamente seria um anúncio recente.
Tratava-se de uma garota branquinha, cabelos curtos, pintados de ruivo. Devo dizer que a cor do cabelo combinava muito bem com o tom de pele dela. Era uma típica ex-magra. Sabe aquela garota magrinha que dá duro na malhação? Dava pra ver o bumbum empinadinho, as coxas, ainda que não fossem grossas, eram bem torneadas. Infelizmente, o rosto não estava visível em nenhuma das fotos, mas isso só fez aumentar minha curiosidade. Ah, sim: dizia ter 23 anos. 23! 10 a menos que eu! Por um instante, a idade dela me pareceu mais loucura que o fato de sermos do mesmo sexo. Mas eu estava decidida e não ia desistir.
Combinei com o meu marido que ele iria junto, mas seria voyeur e não participaria. Ele topou no ato e disse que ficaria com tesão me vendo realizar uma fantasia (como eu amo esse homem!). Eu combinei com ele que ele seria muito bem recompensado por todo o apoio (E realmente foi! Quem sabe isso não se torna assunto de outro conto?)
No dia seguinte, estávamos lá, na hora marcada, nem um minuto a menos, nem a mais. Ela atendia num flat bem chique, numa rua da região da Paulista, endereço super badalado. (Fiquei imaginando que eu, formada e pós-graduada, não ganho no mês o que ela ganha na semana…). Subimos ao apartamento e tocamos a campainha. Ela demorou uns 30 segundos pra abrir a porta. Meu coração batia forte, estava ansiosa, nervosa, mil coisas passavam pela minha cabeça.
Quando, enfim, a porta se abriu, fomos recepcionados por uma garota estilo falsa magra (ou seja, as fotos eram bem realistas e recentes), malhadinha de academia sem ser exagerada ou musculosa, longe disso. Tinha acabado de tomar banho, os cabelos ainda estavam molhados.
-Oi! – disse ela, sorrindo, de maneira super simpática e natural – me desculpem a demora pra atender, acabei de sair do banho. Podem entrar.
Entramos e sentamos no sofá nós duas. Meu marido sentou-se numa poltrona em frente e ficou calado, só observando.
Eu enfim pude observar Maya direito. Realmente aparentava os 23 anos que dizia no anúncio. Tinha belos olhos castanhos e um sorriso bem sincero. Mas não era linda de rosto, por assim dizer. Tinha um rostinho bem comum. Difícil imaginar que aquela garota meiga, que facilmente se passaria por uma patricinha de shoping, vendia prazer a quem quisesse pagar.
Maya vestia um shortinho jeans (celulite zero, meus parabéns!) e uma blusinha curta, que deixava aparecer o piericing no umbigo. Pelo contorno dos seios, notei que estava sem sutiã.
-Bem – ela disse, ao notar que eu estava travada-quer beber algo?
-Tem vinho?
-Sim, um cabernet. Não sei se gosta, mas eu…
Nossa, nem ouvi o resto do que ela disse. Além de tudo, ainda conhecia sobre vinhos?
Ela foi à cozinha, voltou com taças cheias, começamos a beber e conversar um pouco. Acredito que já estávamos ali há 30 minutos e me toquei que não teria a noite toda ao lado da minha “amiga”. Então, com o empurrãozinho que só o vinho pode proporcionar, disparei:
-Maya, o papo tá ótimo… mas não vim aqui pra isso.
Ela gargalhou, acho que não esperava que fosse tão direta.
-Sim, claro. Mas eu não gosto de forçar nada. Agora que a iniciativa foi sua, que tal se eu te mostrar onde fica a cama?
Ela me pegou pela mão e me levou ao quarto. Eu estava super tonta, nunca aguentei beber muito. Lá chegando, eu já não respondia mais por mim, só sabia que queria a Maya, queria provar aquela garota, queria me entregar pra ela, queria fazer de tudo pra saciar a minha vontade.
Deitamos na cama e nos beijamos, como duas namoradinhas. Que coisa… macia. Diferente de tudo que eu já havia experimentado, o beijo de Maya era um misto de maciez e um bom vinho francês. A textura da boca dela era uma delícia. Devemos ter nos beijado por uns 5 minutos. Mas eu queria mais que um beijo.
-Tira a blusa?
Ela obedeceu. Seus seios médios eram lindos. Os mamilos eram pequenos e a auréola branquinha. Maya, daquele jeito, com os peitos de fora, me parecia uma adolescente sapeca. Isso me excitou ainda mais.
Primeiro, eu passei a mão e senti a textura. Como aquele menina tinha uma pele gostosa! Fiquei uns 2 minutos acariciando a barriga e os seios dela, e percebi que ela gostou, pois estava arrepiada. Depois, é claro, beijei, lambi e chupei muito aqueles peitinhos lindos.
Sem pedir licença, depois que me saciei nos seios, tirei o short dela. Ela não esboçou reação nem disse nada. Afinal, ela havia entendido ali qual seria o papel dela: ser a minha menina, a minha amante, me dar prazer. Por baixo do short ela vestia uma bela calcinha vermelha com rendinhas. Tirei a calcinha dela, o último obstáculo que restava. Ali embaixo, pela primeira vez, eu vi uma vagina que não fosse a minha…
Aliás, vagina? Não mesmo! Ali não era hora nem lugar pra nomes bonitos, pra disfarces, ou receios de qualquer tipo. Eu estava a poucos centímetros da buceta da Maya. Aquela grutinha estava úmida, e fiquei muito feliz em saber que EU havia deixado assim. Percebi que a bucetinha dela era lisinha embaixo, sem pelos, mas havia um “bigodinho” de pelos castanhos logo acima.
O que se faz com uma buceta? Como se brinca com uma? Eu não sabia. Mas o instinto ajudou. Passei o dedo nos grandes lábios e senti a umidade. Gostei da textura e do calor. Percebi que ela soltou um gemido. Ainda movida pelo instinto, deixei meu dedo achar a entradinha da gruta… e foi tudo muito natural. Pus, tirei. Pus, tirei. Pus, tirei. Assim, bem ritmado, por algum tempo. E não é que era algo gostoso?
Mas, chega de dedos. Ela estava molhadíssima nessa hora. E eu pensei comigo que queria provar o sabor da buceta da Maya. Sem cerimônias, cai de boca. Lambi com voracidade, como se fosse um esfomeado comendo a primeira refeição em semanas. A textura, o cheiro, o sabor… então, era assim que era uma buceta? Por isso os homens são loucos pelas periquitas, e eu não posso culpá-los. Quanto mais eu chupava, quanto mais eu brincava ali, mais molhada Maya ficava. Rindo mentalmente, encontrei outra definição da expressão “enxugar gelo”. E achei particularmente deliciosa.
-Deixa eu fazer em você?
Como eu podia recusar tal pedido? Deitei, e dessa vez eu iria receber prazer. Ela tirou toda minha roupa e passeou a língua no meu corpo inteiro… uau… que sensação era aquela? Mas nada se comparava à sensação de sentir a boca dela lá… lá mesmo… Maya estava com a boca na minha buceta e eu estava nas nuvens.
Eu não saberia, nem que quisesse, explicar a sensação. Posso tentar… e dizer que não há sensação igual a ter uma mulher com a boca no meio das suas pernas. A boca da Maya tinha sido, até então, a coisa mais deliciosa a ter contato com a minha buceta.
Desabei na cama, estremecendo. Tive orgasmos múltiplos com ela me chupando. Súbito, perdi o ar, perdi o chão, perdi a noção do tempo. Fechei os olhos por uns segundos, e, quando abri novamente, havia uma ruivinha sapeca sorrindo pra mim. Retribui o sorriso. Puxei o rostinho dela de encontro ao meu. Nos beijamos por alguns minutos. Acariciei os seus cabelos e ela retribuiu me olhando fixamente nos olhos. Naquele momento, deixávamos de ser duas amantes e nos tornamos duas amigas, amigas bem íntimas, compartilhando segredos, beijos, sensações…
Educadamente, ela levantou e me ofereceu um banho. Percebi, então, que foi uma maneira fina de ela dizer que o tempo tinha acabado. Olhei no meu relógio e já havia passado quase 2 horas! Feliz, tanto pela experiência em si quanto pelo fato de ela não ter regulado o horário, peguei na mão da ruivinha e deixei ela me guiar até o chuveiro.
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Cheguei em casa naquele dia me sentindo tão… diferente. Cansada, realizada e feliz. Afinal, eu havia descoberto uma nova possibilidade – e esta possibilidade havia se mostrado muito, mas muito gostosa.
-Vamos dormir, amor? Tá tarde.
Virei e olhei o homem mais perfeito do mundo me encarando. Meu amado, meu cúmplice, meu companheiro de todas as horas. Ele tinha uma expressão de sono, tadinho…
-Não, meu amor – respondi – pode dormir, que eu tô sem um pingo de sono.
E, jogando ele na cama, tirei a parte de baixo do seu pijama e me pus a chupá-lo.
-Hoje me sinto a mulher mais quente e devassa do mundo. E preciso de você pra me sentir ainda mais…
Ele não conseguiu dormir nas próximas 2 horas.
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